sexta-feira, 15 de julho de 2011

PEÇAS OSTRAS INFELIZES CHEGA À MOSTRA DULCINA


Com direção de Jonathan Andrade, entra em cartaz amanhã no Teatro Dulcina Ostras Infelizes, peça introspectiva montada a partir de trechos de obras de escritores como Rubem Alves e Tenesse Williams.

O espetáculo, encenado por alunos de artes plásticas do próprio Dulcina, faz parte da Mostra Dulcina, que já apresentou nesta temporada peças como Festim Diabólico, Nós x Nós, Amores Difíceis, Partituras do Amor e Temos Todos a Mesma História.

Em Ostras Infelizes, os atores dão outro formato para interpretações de trechos de peças consagradas e encenam pequenas esquetes elaboradas a partir de projetos e textos que integraram o trabalho de conclusão do curso de artes cênicas da própria faculdade Dulcina de Moraes.

Ostras Infelizes - Teatro Dulcina (SDS, bloco C, Conic).

Entrada franca. Sábado a terça-feira, às 20h. Classificação: 14 anos. 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

II ENCONTRO DE DIRETORES - O DIRETOR E O TEXTO



O Circo Teatro Udi Grudi tem o grande prazer de convidar diretores teatrais para o II Encontro de Diretores.

De 25 a 28 agosto de 2011,em Brasília.

A proposta do II Encontro de Diretores é possibilitar a diretores o treinamento e aprofundamento de seu fazer, ampliando e pesquisando sua vocação através de oficinas, encontros, demonstrações de trabalho e de uma mesa redonda, todos com a ótica voltada para a temática do diretor. O foco do II Encontro de Diretores é o Diretor e o Texto.

Oficinas e Demonstrações de Trabalho com:

Aderbal Freire Filho (Teatro Poeira) Brasil

Sérgio de Carvalho (Companhia do Latão - USP) Brasil

Alessandra Vannucci (UFOP) Itália/Brasil

Mônica Montenegro (EAD/ECA/USP) Brasil
Palestra: Voz e Expressividade: ator e encenação

André Amaro (Teatro Caleidoscópio) Brasil

PROGRAMAÇÃO

Quinta, 25 de agosto
19h Inscrições
20h30 Abertura do evento com espetáculo

Sexta, 26 de agosto
9h – 13h Oficinas: Sérgio de Carvalho e Alessandra Vannucci
15h Encontro entre todos os diretores presentes.  Troca de informações, publicações etc
17h Demonstração de Trabalho com Alessandra Vannucci

Sábado, 27 de agosto
9h – 13h Oficinas: Sérgio de Carvalho e Alessandra Vannucci
15h  Palestra Mônica Montenegro - Voz e Expressividade: ator e encenação
17h Demonstração de Trabalho com Sérgio de Carvalho

Domingo, 28 de agosto
9h – 13h Oficinas: Sérgio de Carvalho e Alessandra Vannucci
14h Mesa Redonda com Aderbal Freire Filho, Sérgio de Carvalho, Alessandra Vannucci, André Amaro, Mônica Montenegro.  Mediação de Guilherme Reis.
19h Demonstração de trabalho com Aderbal Freire Filho

INSCRIÇÕES

O custo da participação no II Encontro de Diretores é de R$ 300,00 e há vagas para 20 participantes em cada oficina.
Os interessados deveriam falar qual oficina querem fazer e enviar currículo de 1 página (favor notar que será lida somente 1 página do currículo) até o dia 15 julho para:  encontrodediretores@gmail.com
Os escolhidos serão informados até o dia 25 de julho e deverão depositar o valor de pré inscrição de R$ 150 até o dia 29 julho, em conta que será informada junto com o resultado da seleção.
A inscrição efetiva será feita no início do Encontro, dia 25/08, mediante o pagamento da segunda parcela de R$ 150,00.

OFICINEIROS e PALESTRANTES

ADERBAL FREIRE FILHO

Aderbal Freire Filho é fundador do Grêmio Dramático Brasileiro, e do Centro de Demolição e Construção do Espetáculo. O diretor assina, entre outros, Apareceu a Margarida; A Morte de Danton; A Mulher Carioca aos 22 Anos e Tiradentes. Distingue-se entre os diretores brasileiros por aliar a busca constante por novas formas de teatralidade a uma encenação que prioriza o ator como agente principal da linguagem e da comunicação das ideias do texto. Encenou cerca de 100 espetáculos e ganhou praticamente todos os prêmios do teatro brasileiro Molière, Mambembe, Shell, Golfinho de Ouro, APCA, etc

SÉRGIO DE CARVALHO

Sérgio de Carvalho é diretor e fundador da Companhia do Latão, grupo teatral de São Paulo. É também pesquisador de teoria do teatro e professor de Dramaturgia e Crítica na Universidade de São Paulo. Edita as revistas de cultura Vintém e Traulito, ligadas à Companhia do Latão. É co-autor dos livros Companhia do Latão 7 peças (Cosacnaify, 2008), Atuação Crítica (Atuação Crítica, 2009), Introdução ao Teatro Dialético (Expressão Popular, 2009). Entre seus escritos colaborativos se destacam as peças O Nome do Sujeito (1998), Visões Siamesas (2004) e Ópera dos Vivos (2010). Tem realizado palestras sobre o teatro dialético no Brasil em importantes centros de estudos, tais como a Goethe Universitat em Frankfurt (2009) e Casa Brecht de Berlim (2007).

ALESSANDRA VANNUCCI

Diretora e dramaturga italiana. Formada em dança clássica, participou da Cia. Pippo Delbono, na Itália. No Brasil, fundou os Leões de Circo, com Júlio Adrião e Sidney Cruz. Adaptou e dirigiu, entre outros, Ruzante (Rio, 2002); A descoberta das Américas, de Dario Fo (Rio, 2005 Premio Shell melhor ator); Pocilga, de Pasolini (Rio, 2006); Arlecchino all’inferno (Bienal de Veneza, 2007, Premio Arlecchino d’oro). Como dramaturga, escreveu sete peças encenadas pelo Teatro Cargo (Gênova, Itália). Em 2009, foi indicada ao Prêmio Ubu de Melhor Dramaturgia.
Doutora em Letras, é professora de Interpretação, Direção e Teoria do Teatro. Publica ensaios e livros.

MÔNICA MONTENEGRO

Mônica é fonoaudióloga, terapeuta vocal e pesquisadora da voz cênica. Trabalha com formação de ator e preparação de elenco teatral desde 1988. Foi professora do Curso de Formação de Ator do TUCA-PUC/SP (1990 a 1997), profª convidada do Estúdio Nova Dança (1997) e, desde 1998, é professora contratada da Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP), na disciplina Voz e Expressão Verbal.      
Entre outros, trabalhou com Antunes Filho (1988 a 1991), com o grupo Teatro da Vertigem (2000 a 2005) e a Cia dos Atores (2002).
É membro-fundadora e leitora da Cia. de Leitores Públicos.
É diretora e orientadora do grupo de pesquisa cênico-vocal Bem Dito Seja desde 2007.

ANDRÉ AMARO

Ator e Diretor dedica-se à atividade teatral há 29 anos. Nesse
período, interpretou, dirigiu e produziu dezenas de peças teatrais;
escreveu textos de gêneros diversos; elaborou e executou projetos de cenografia, figurino e iluminação; lecionou em escolas de artes cênicas; integrou elencos de curtas e longas-metragens e participou de festivais e eventos nacionais e internacionais de teatro. Em 1994, criou em Brasília o Teatro Caleidoscópio, um projeto de pesquisa e lançou em 2007 o livro "Teatro Caleidoscópio-o teatro por-fazer". É editor de livros voltados para o teatro, tendo
publicado em lingua portuguesa autores como Eugenio Barba, Julia Varley, Peter Brook e Grotowsky. É colaborador do Odin Teatret no Brasil.

Patrocínio:
Fundo de Arte e Cultura do GDF

Evento Associado:
Cena Contemporânea 2011

Apoio:
Faculdade de Artes Dulcina de Moraes

quarta-feira, 6 de julho de 2011

13ª MOSTRA DULCINA



                  21 dias de espetáculos teatrais gratuitos em Brasília


        A partir do dia 24 de junho até o dia 17 de julho, a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (FADM) apresenta a 13ª edição da Mostra Dulcina. Serão 21 dias recheados de espetáculos teatrais, os quais são resultado da produção artística dos estudantes, dramaturgos, diretores e professores de artes cênicas e plásticas da FADM
         
        Os espetáculos serão apresentados nos Teatros Dulcina e Conchita, além de exposições na Galeria da Faculdade. Espaços que vão abrigar seis espetáculos que ficarão em cartaz para apreciação do público da capital. Os espetáculos são baseados nas obras de nomes como o cineasta Alfred Hitchcock, Ítalo Calvino e na dramaturgia de Maurício Witczak, além de espetáculos autorais.

       A estética teatral apresentada na Mostra tem como responsáveis pelas montagens os professores/diretores Hugo Rodas, Fernando Guimarães, Joana Abreu, Ricardo Guti, Jonathan Andrade e Rodrigo Fischer, que leva para a cena contemporânea uma obra que mescla teatro e cinema, estimulando o diálogo entre as artes.


Venha encontrar e viver a arte! Venha conferir a 13ª Mostra Dulcina!

PROGRAMAÇÃO:

OSTRAS INFELIZES

"São as ostras infelizes que produzem pérolas!" A partir dessa provocação, atores investigam as nuances da narrativa em alguns autores e, sobretudo, nos seus próprios baús cheios de histórias guardadas. Desse intenso mergulho para dentro, são produzidas cenas, personagens, textos e muita vida.

A montagem também contempla trechos das peças curtas: "Essa Propriedade está Condenada" e “Fale Comigo como a Chuva e Me Deixe Ouvir", de Tennessee Williams e textos de Rubem Alves.

Direção: Jonathan Andrade
Elenco: Alessandra Navarro, Cássius Desconsi, Cristine Bombarda, Eder Antunes, Júnio Iscariótes, Lays Gomide, Lorena Maria, Luiz Silva, Paulo Carpino, Tainá Ramos,
Dramaturgia: Jonathan Andrade e elenco
Cenografia e figurino: Jonathan Andrade e Vitória Biagiolli.
Orientação e preparação Vocal: Dianete Ângela
Colaboração e participação especial: Gislene Rodrigues 
SERVIÇO
Datas:16 a 19 de julho
Local: Teatro Dulcina
Horário: sempre às 20h
Duração: 80 minutos
Indicação etária: livre


FICHA TÉCNICA DA 13ª MOSTRA DULCINA
Comissão Organizadora: Francis Wilker, Jonathan Andrade, Lúcia Andrade, Filipe Rizzo e Augusto Brandão
Produção: Josuel Junior
Produção Operacional: Celeste Silva, Mário Luz, Jeferson Alves, Nubia Karolina e Josuel Junior
Assessoria de Comunicação e Imprensa: Cristiano Bastos
Coordenação de Técnica e Montagem de Luz: maquinando – Montagem e Operação
Técnicos: Higor Filipe e Rafael Andrade
Fotografia: Diego Bressani
Foto do Post: "Amores Difíceis". Crédito: Amanda Marinho 

terça-feira, 5 de julho de 2011

OFICINA MONTAGEM


Oficina Montagem com Jaime Leibovitch Abaetê Queiroz.

Início: 02 de agosto.

A oficina será composta por dois módulos distintos, embora complementares: o primeiro compreenderá a preparação vocal e corporal dos atores, bem como exercícios e jogos teatrais. O segundo, focado no processo de construção de um espetáculo, mas sem detrimento do trabalho vocal e corporal, compreenderá a leitura de textos, laboratórios de apropriação dos personagens, improvisações, marcações e mise-en-scène.

sábado, 28 de maio de 2011

Do Concreto ao Mangue - Aquilo que Meu Olhar Guardou para Você


Rumos Teatro, programa de criação, gestão e intercâmbio entre destacados coletivos teatrais contemporâneos, sediados em diferentes regiões do Brasil, apresenta:

Um espaço de convivência e intercâmbio de conhecimentos entre o grupo brasiliense Teatro do Concreto e o grupo recifense Magiluth, tendo como foco a criação de metodologias de encenação e o enfrentamento de problemas de gestão no Teatro de Grupo.

Como ponto de partida para o desenvolvimento do projeto, os dois coletivos se colocam as seguintes questões iniciais:

1. Como essas questões relacionais e de gestão dos coletivos se refletem na sua poética?

2. Como as formas de criar reverberam nas formas de se organizar e gerir o grupo?

3. Como o grupo vê e se vê na cidade?

Para alcanças soluções e chegar a respostas sobre os temas propostos de criação e enfrentamentos de crises na gestão de coletivos teatrais, o projeto prevê duas janelas: de criação e de gestão.

Janela de Criação: A cada mês, os dois grupos trocam entre si três imagens de sua cidade de origem. Imagens que retratem a forma como cada Grupo vê seu ambiente. A partir destas imagens, os coletivos de atores, diretores, dramaturgos e técnicos disparam seus processos colaborativos de criação – explorando dramaturgia, linguagem corporal, referências... Como resultado dessa investigação, espera-se de cada grupo a criação de 6  cenas curtas.

Janela de Gestão: Também a cada mês os grupos trocarão, entre si, um desafio particular de seu coletivo, onde apresente um conflito de gestão, administração e/ou organização. A partir desta questão, com o distanciamento necessário, os grupos pensaram estratégias e possibilidades de soluções aos desafios um do outro. Estas serão postadas em um Blog - http://doconcretoaomangue.blogspot.com/ -, que poderá ser acessado e consultado por todos Brasil a fora. “Acreditamos que, durante o projeto, teremos no blog reflexões instigantes e de interesse de outros coletivos teatrais que perpassam metodologias de criação e também apontamentos sobre desafios de organização e convívio no teatro de grupo, bem como a relação entre essas duas Janelas.” Aposta Francis Wilker, diretor do Teatro do Concreto.

Nos últimos meses de desenvolvimento do projeto serão realizados encontros presenciais, sendo um em Brasília e outro em Recife, onde os grupos terão três ações prioritárias: Fórum de discussão sobre como as duas janelas pesquisadas no projeto se relacionam; Mostra de cenas curtas com discussão sobre o processo de criação das mesmas; e uma Oficina de exploração de espaços públicos com Luiz Fernando Marques, diretor do grupo XIX de Teatro. Para ampliar o debate sobre o projeto, foram convidados a acompanhar as apresentações os pesquisadores Alice Stefânia, Luiz Felipe Botelho, Luís Augusto Reis e Rodrigo Fisher.

Demonstração de Trabalho - Do Concreto ao Mangue

Recife – 4 e 5 de junho de 2011 – Teatro Capiba/Sesc Casa Amarela

Brasília – 9 e 10 de junho de 2011 - Espaço Cultural Renato Russo, da 508 Sul, às 19h30

Classificação: Livre.

Entrada franca

sexta-feira, 27 de maio de 2011

PILOBOLUS EM BRASÍIA

Cia pioneira da dança acrobática retorna a Brasília maio para apresentação única no Teatro Nacional

Aclamado por seu misto de humor, criatividade e teatralidade, Pilobolus Dance Theatre começou como uma experiência entre três garotos e um perplexo professor em uma aula de  dança no Dartmouth College, em 1970.

Tudo se tornava vertiginoso quando os três não-bailarinos embaralhavam tudo com o material que lhes era apresentado, e se emaranhavam em várias poses e movimentos inspirados na ciência. A partir desses passos humildes e "biológicos" que nasceu uma companhia de dança inovadora, improvável e imensamente popular, hoje com 40 anos bem vividos, sempre combinando atletismo e graça com um profundo senso de unidade.

Utilizando um vocabulário de dança altamente peculiar, Pilobolus Dance Theatre conquistou o público com apresentações em todo o mundo, aí incluídas três cerimônias de abertura de Olimpíadas e uma performance como convidados na cerimônia do Oscar de 2007.

PILOBULOS Metamorphosis
Data: 29/05/2011 (domingo) 20h
Local: Teatro Nacional Cláudio Santoro
Ingressos | Preço Único: R$ 140,00 (inteira | preço sujeito a alteração sem aviso prévio)
Meia entrada: estudantes, professores, idosos, sempre vc correio braziliense, doadores de alimentos (2k)
Informações: 61 3325 6256/ 3325 6239
Disque DellArte Nacional: 4002.0019 (custo de ligação local)
Classificação Livre



quarta-feira, 25 de maio de 2011

ABADIAS DO NASCIMENTO (1914-2011)

Faleceu nesta manhã de terça, 24, no Rio de Janeiro,  o escritor Abdias do Nascimento. Poeta, político, artista plástico, jornalista, ator e diretor teatral, Abdias foi um corajoso ativista na denúncia do racismo e na defesa da cidadania dos descendentes da África espalhados pelo mundo. 

O Brasil e a Diáspora perdem hoje um dos seus maiores líderes. A família ainda não sabe informar quando será o enterro. Aos 97 anos, o paulista de Franca, passava por complicações que o levaram ao internamento no último mês. Deixa a esposa Elisa Larkin, o filho e uma legião de seguidores, inspirados na sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos.

Nos anos 30, participou da Santa Hermandad Orquídea, formada por poetas sul-americanos. Nos anos 40, criou o Teatro Experimental do Negro. Também fundado por ele, o Comitê Democrático Afro-Brasileiro, advogou por direitos para as empregadas domésticas e políticas afirmativas para a população negra, propostas levadas à Assembleia Nacional Constituinte de 1946.

Escritor, intelectual, ativista, ator e escultor, Abdias exilou-se nos Estados Unidos em 1968, durante a ditadura militar. Participou, no Caribe, na África e nos Estados Unidos, de vários encontros do movimento internacional pan-africanista. Retornou ao Brasil em 1978.

Entrou para a política partidária e foi deputado federal pelo PDT de Leonel Brizola, de 1983 a 1987. Suplente de Darcy Ribeiro (1922-1997), Abdias exerceu mandato de senador de 1997 a 1999. Apresentou vários projetos com objetivo de combater o racismo e buscar reparação, em razão do escravagismo, à população afrodescendente brasileira.

No segundo governo de Brizola no Rio de Janeiro, Abdias foi titular da Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (Seafro). Professor benemérito da State University of New York, recebeu título de doutor honoris causa pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em função da militância no combate à discriminação racial no Brasil.
Casado quatro vezes, Abdias Nascimento teve três filhos e deixou amplo acervo.

No início da noite desta terça-feira, a  família informou que o corpo de Abdias Nascimento será velado nesta quinta-feira, dia 26 de maio, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, cremado no dia seguinte , no Cemitério São Francisco Xavier e suas cinzas jogadas na Serra da Barriga, conforme era seu desejo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESCRITORES BRASILEIROS

O autor de teatro, cronista e roteirista Alcione Araújo é o convidado desta semana (dias 18 e 19 de maio) do projeto Escritores Brasileiros, primeiro no CCBB e no dia seguinte no Sesc de Ceilândia. Ao lado de Alcione e interpretando alguns dos seus textos a atriz Eliane Giardini. 

O projeto Escritores Brasileiros vem trazendo há um ano a Brasília reconhecidos autores brasileiros para uma conversa descontraída, mas sempre inteligente, com o público. E acompanhando os autores, sempre a performance de um artista de teatro. No caso de Eliane Giardini, uma “senhora” atriz de teatro, cinema e televisão.

Alcione Araújo ficou nacionalmente conhecido com a peça Há vagas para moças de fino trato. Mineiro de Januário, nascido em 1945, e radicado no Rio de Janeiro, ele é autor ainda de Doce Deleite, A Caravana da Ilusão e várias peças para o teatro, roteiros como os dos filmes Nunca Fomos Tão Felizes e Policarpo Quaresma.

Alcione também escreve há mais de dez anos para o jornal Estado de Minas e as mais de 500 crônicas foram reunidas no livro Urgente é a Vida, vencedor do Prêmio Jabuti de 2005 em sua categoria. Para ele, o encontro com o leitor, proporcionado hoje pela internet de uma maneira imediata, é estimulante: 

"Com a internet é imediata. Os leitores podem opinar, criticar, enviar sugestões em um tempo muito mais real e essa experiência é incrível".

Com ele, no CCBB e em Ceilândia, a atriz Eliane Giardini, que começou sua carreira aos 17 anos. Eliane fez muito teatro e na televisão se destacou em novelas como América e O Clone (com a qual recebeu o prêmio de melhor atriz pela Associação Paulista de Críticos de Arte) e a minissérie A Casa das Sete Mulheres. Irônica, elegante, versátil, Eliane Giardini é uma das mais importantes atrizes da atualidade.

Na sequência dos dois encontros, o projeto Escritores Brasileirs reserva ainda duas oficinas no sábado, dia 21. Das 9h30 às 12h30, Lúcia Fidalgo fala sobre os gêneros Crônica e Romance. E das 14h às 17h, Sylvia Cintrão, da UnB, fala sobre a Poesia em Cena. 

As duas professoras são ligadas à Catedra Unesco PUC do Rio e UnB de Leitura. As oficinas acontecem no Auditório do CCBB, com entrada franca.


SERVIÇO
Projeto Escritores Brasileiros
Data: 18 e 19 de maio, às 19h30 e 20h  no CCBB e no SESC Ceilândia, respectivamente
Entrada gratuita
Não recomendado para menores de 12 anos



terça-feira, 17 de maio de 2011

CENA CONTEMPORÂNEA: SELEÇÃO DE GRUPOS LOCAIS (2011)

O Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília, que acontecerá de 23 de agosto a 04 de Setembro de 2011, convoca grupos locais para a seleção dos espetáculos que integrarão sua programação.

Para participar da seleção as inscrições deverão ser encaminhadas até o dia 03 de junho de 2011, de acordo com o estabelecido abaixo:

As inscrições serão feitas através do email: inscrição.cena2011@gmail.com

As propostas deverão conter:

- Apresentação do espetáculo
- Informação no caso do espetáculo já ter realizado apresentações em Brasília
- Necessidades técnicas e tempo necessário para montagem e desmontagem
- Ficha Técnica
- Duração da obra
- Classificação etária
- 02 (duas) fotos em alta definição com nome da peça e crédito do fotógrafo

Além da inscrição por email é indispensável o envio do DVD do espetáculo para o seguinte endereço:

SCNL 205 Bloco C Loja 25 - 70843-530 - Brasília - DF.

A Coordenação do Festival definirá, com os grupos selecionados, o número de apresentações, locais, horários e o valor do cachê.

Para confirmar a participação e firmar contrato, os grupos selecionados deverão se responsabilizar pela apresentação à Coordenação do Festival dos seguintes documentos:

- Liberação do espetáculo junto ao Sated
- Liberação do espetáculo junto ao ECAD
- Comprovante de liberação de direitos autorais

(A não apresentação destes documentos inviabilizará a participação).

Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília

SCLN 205 Bloco C Loja 25
70843-530
Brasília - DF - Brasil
(55 61) 3348-6028 | (55 61) 9202-9153

quarta-feira, 11 de maio de 2011

FESTIVAL DE CINEMA EUROPEU 2011

Com curadoria do cineasta e professor Sérgio Moriconi, serão exibidos títulos de países membros da União Europeia, tendo como tema o voluntariado.

*Pela primeira vez, festival acontece em três espaços diferentes: Livraria Cultura do Shopping Iguatemi e unidades do SESC no Gama e em Ceilândia

Brasília recebe um pouco do que há de mais recente e prestigiado no cinema de países europeus. Como parte da programação da Semana da Europa 2011, acontece, de 5 a 15 de maio, o Festival de Cinema Europeu, reunindo 18 filmes de países membros da União Europeia.

Sob curadoria do professor e cineasta Sérgio Moriconi, estão produções da Eslováquia, República Tcheca, Itália, Portugal, Espanha, Suécia, Hungria, Alemanha, Finlândia, França, Polônia, Áustria, Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Eslovênia e Dinamarca.

Desde janeiro de 2010, a Hungria ocupa a Presidência da União Europeia – pelo período de seis meses.

Sendo assim, a Embaixada da Hungria é responsável pela coordenação do Festival o país participa com dois títulos. Os filmes poderão ser vistos na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi e nas unidades do SESC no Gama e em Ceilândia.

ENTRADA FRANCA

Na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, as exibições acontecerão no Teatro Eva Hertz. Nas unidades do SESC no Gama e em Ceilândia, exibições somente nos dias 9, 10, 11 e 13, às 16h e 19h.

terça-feira, 10 de maio de 2011

OFICINAS GRATUITAS NO ESPAÇO CULTURA RENATO RUSSO

Dentro de sua programação de oficinas regulares nas diversas linguagens artísticas, o Espaço Cultural Renato Russo–508 Sul abre inscrições para as oficinas "A Linguagem do Cinema (em 5 filmes esquecidos)", ministrada por Sérgio Moriconi, "Desenho e Gravura", ministrada por Sylvio Carneiro, "Arte na Rua", "Histo é arte" e "Pintura", ministradas por Delei.

Os interessados podem se inscrever pelo telefone 3244-0411 ou na Secretaria de Cursos do Espaço Cultural, no período matutino. As inscrições são gratuitas.

Abaixo maiores informações sobre cada oficina.

A Linguagem do Cinema (em 5 filmes esquecidos)

A partir da desconstrução e da análise de filmes desconsiderados pelos historiadores de cinema, A Linguagem do Cinema (em 5 filmes esquecidos) vai apresentar todos os elementos constituintes de um filme, desde roteiro, construção das cenas (escolha de planos, ritmo, cenários, direção de atores, etc), até a sua edição final e pós-produção. O curso pretende discutir como surge um filme, como se desenvolve uma idéia num roteiro, quais seriam as características fundamentais da imagem cinematográfica, os aspectos ligados à composição e a justaposição dos planos.

Desenho e Gravura

A oficina visa a preparação através do desenho de observação com ênfase no aprendizado do claro escuro e sua aplicação dentro do universo da gravura.

Arte na Rua

Introdução à história da arte contemporânea brasileira e universal, intervenção urbana com pintura em murais da cidade.
Histo é arte

Introdução à história da arte contemporânea e experimentação com material reciclável. Criação individual e em grupo para jovens.

Pintura

Iniciação teórica e prática à pintura sobre diversos suportes.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O ALIENISTA

Para comemorar seus 10 anos de sua trajetória, a Cia de Teatro Nu Escuro investe em um novo desafio e transpõe da literatura para o palco o conto "O Alienista" de Machado de Assis. Primeiro pelo amplo sentido questionador desta obra, debatendo o que a sociedade rotula sobre o que é normalidade, o que está fora do padrão e como deve ser tratada essa marginalidade.

E estes questionamentos são potencializados, neste novo milênio, por uma forte indústria cultural massificante e, também, com uma indústria farmacêutica gananciosa, onde até as sensíveis nuanças de comportamentos são passives de tratamentos químicos. Segundo pelas possibilidades transgressoras e singulares que esta montagem pode se transformar visualmente no palco, com a ironia, irreverência e inteligência do texto e as possibilidades estéticas que podem ser criadas a partir do tema "Loucura".

Além disto, a dramaturgia coloca em confronto o a visão cientifica de Simão Bacamarte (personagem central de "O Alienista") com o ponto de vista da Loucura sobre ela mesma, com os textos de Erasmo de Roterdan, produzindo um contraponto e procurando um dialogo singular e questionador sobre a patologia cerebral e, principalmente, os valores morais da sociedade. E os fragmentos dos textos do "Elogio da Loucura" ganharão uma dimensão única na voz do diretor de teatro Hugo Rodas, que por si só já nos remete uma visão particular sobre a loucura dos seres humanos, com seus antagonismos e contradições.

A proposta de direção desta montagem foi de utilizar o texto do Machado de Assis como um provocador do trabalho de criação dos atores, buscando produzir um caleidoscópio de informações visuais e verbais em um ritmo inquieto e instigante, onde a qualquer momento o público possa ser surpreendido por estas provocações. A encenação se apóia na força, no vigor e na ironia da palavra no texto machadiano para se desdobrar em cenas que permeiam o discurso conceitual da obra e não somente na narrativa de uma historia.

Mais informações:
O Alienista
Cia de Teatro Nu Escuro
Dias 29, 30 de abril e 01 de maio de 2011
Sábado às 21h e domingo 20h
Centro Cultural SESI Taguatinga (QNF 24 – Taguatinga Norte)
Entrada Franca

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A CARTA DO ANJO LOUCO

A Carta do Anjo Louco se apresenta na fachada de Ministério no aniversário de Brasília

A montagem não é nada comum. O teatro vertical de Willian Lopes assume, na fachada de um Ministério, ares de revolução estética. O público deitado em almofadas, olhando para o céu, vislumbra um pseudo-suicida que comove a todos com sua dança aérea criando um espetáculo teatral singular.

Medo e deslumbramento físico interagem na obra deste artista candango que já nos presenteou com Uirapuru Bambu, Sonho Macbeth e agora volta ao público brasiliense com a sua “Carta do Anjo Louco”, na fachada do Ministério de Minas e Energia/Turismo nas noites de 20 e 21 de abril.

Apenas 15 minutos são necessários para Willian dar o seu recado. A exaltação da coragem diante da vida e da arte é percebida antes mesmo do cronômetro começar a girar. Uma plateia assustada, apesar das cômodas almofadas onde deitam, cobre o rosto no momento inicial do espetáculo.

Não querem ver a queda que se anuncia. Ouve a música dar o ritmo aos pensamentos que inspiram Willian nesta criação, a carta de Tarô do Anjo Louco evoca a insanidade criativa e a coragem de inovar. Jogar-se no espaço deixa a condição de metáfora para virar um convite filosófico ao espectador.

“Aprofunde-se no seu ser e crie seu destino!” parece nos dizer Willian Lopes em seu espetáculo sem palavras. 

A “travessura” do artista é milimetricamente calculada. Uma estrutura de metal de algumas toneladas segura as cordas que sustentam seu ballet. Três técnicos em altura o acompanham do topo do prédio e mais dois controlam os efeitos de luz e som sincronizados aos seus movimentos.

 As 24 apresentações feitas até agora ainda ecoam na memória de quem esteve presente. Os comentários empolgados viram propaganda que, de boca em boca, traz mais expectadores ávidos.  O cenário da Esplanada dos Ministérios em festa e a beleza do trabalho de Willian tornam a apresentação dos dias 20 e 21 um evento imperdível.

Serviço: A Carta do Anjo Louco
Local: Ministério de Minas e Energia/Turismo
Data: 20 de abril às 20h e às 22h/ 21 de abril às 19h e às 21h
Informações: Espaço Cultural Mosaico (61 – 3032-1330)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

DICA DA DULCINA


O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília provoca a nova safra de jovens escritores contemporâneos a estrearem como dramaturgos

Nova Dramaturgia Brasileira promove encontro entre jovens e consagrados escritores e diretores vindos de diferentes estados brasileiros para criarem uma série de quatro espetáculos inéditos:

André de Leones (Goiás), Xico Sá (Pernambuco), Joca Reiners Terron (Mato Grosso), João Paulo Cuenca (Rio de Janeiro), Cristina Moura (Brasília), Fernando Yamamoto (Rio Grande do Norte), Haroldo Rego (Rio de Janeiro – Paraíba), e Pedro Brício (Rio de Janeiro), traçando assim um novo panorama da dramaturgia no Brasil. 

De 11 de maio a 5 de junho, de quarta a domingo, o CCBB apresenta um espetáculo diferente por semana.

Abrindo a programação do projeto, de 11 a 15/05: Concerto para quatro vozes e alguma memória, com autoria de André Leones e direção de Cristina Moura, traz a tona o presente e o passado de dois casais que exploram o desconhecido e instigante universo da memória. Três mulheres e um homem exploram este universo ora cotidiano e reconhecível, ora fantástico e obscuro, por vezes alegre e ao mesmo tempo triste.

A segunda semana traz o espetáculo A Mulher Revoltada, de Xico Sá com direção de Fernando Yamamoto. A peça conta a história de Lucinha, uma mulher nos seus 30 e poucos anos, que se envolve com Marcelo, um jovem jornalista atormentado e perseguido pela voz de um ‘velho canalha’, que não para de perturbá-lo.

Na terceira semana, de 25 a 29, com texto de Joca Terron e direção de Haroldo Rego, Cedo ou Tarde, tudo morre apresenta a história de um jovem casal em meio a muitos acontecimentos e, diante dos quais, percebe que a vida a dois pode ser facilmente desestabilizada. Culpa e sacrifício, amor e lucidez, permeiam esta história intrigante e cheia de surpresas.

Encerrando o projeto, de 1º a 5/06, entra em cartaz o espetáculo Terror. Com autoria de João Paulo Cuenca e direção de Pedro Brício, Terror conta o encontro entre dois amantes que se passa num apartamento na cidade do Rio de Janeiro no fatídico dia da quedas das Torres Gêmeas – 11/11/2001. Ela, que mora em Nova York com o namorado, está com a volta marcada para o dia seguinte. A queda das Torres provoca uma crise entre os dois, que desencadeia em conflitos gerando dúvidas sobre qual será o futuro de ambos.

Cada escritor convidado escreveu um texto inédito especialmente para o projeto. Os diretores por sua vez receberam todos os textos e livremente escolheram aquele com o qual mais se identificavam. Essa seleção foi feita de forma bastante harmoniosa, “Cada diretor se interessou por um tema diferente, com isso, os textos foram distribuídos sem qualquer percalço.” Afirma Braune.

AS TEMPORADAS

De 11 a 15 de maio: Concerto para quatro vozes e alguma memória, de André de Leones, com direção de Cristina Moura
De 18 a 22 de maio: A Mulher Revoltada, de Xico Sá, com direção de Fernando Yamamoto.
De 25 a 29 de maio: Cedo ou Tarde Tudo Morre, de Joca Terron, com direção de Haroldo Rego.
De 1º a 5 de junho: Terror, de João Paulo Cuenca, com direção de Pedro Brício.

CCBB Brasília
Aberto de terça-feira a domingo das 9h às 21h.
SCES Trecho 2, lote 22 – Brasília/DF                     
Tel.: 61 3310-7087

segunda-feira, 11 de abril de 2011

BEIJO NO ASFALTO - CIA FÁBRICA DE TEATRO



De Brasília, a Cia Fábrica de Teatro surgiu do encontro entre atores formados, ou em formação, no estudo de artes cênicas da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e, também, estudantes de publicidade.

Tudo começou com a adaptação contemporânea do espetáculo Beijo no Asfalto, clássico da obra de Nelson Rodrigues. Dirigido por Tássia Aguiar, Beijo no Asfalto teve sua estréia num festival de arte e cultura realizado na cidade de Samambaia e, posteriormente, foi apresentado na 9ª Mostra Dulcina, em 2009.

Em janeiro de 2011,  o grupo  fez sua estreia internacional em grande estilo, apresentando-se no Festival Internacional de Teatro Comunitário (Entepola), em Santiago, Chile.

Saiba mais sobre a Cia Fábrica de Teatro na próxima edição do jornal da Faculdade, o Intervalos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

POR QUE CONTINUAMOS FAZENDO E VENDO TEATRO?

No Dia Mundial do Teatro, que se comemora no dia 27 de março, a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes fez um ato de encerramento do Seminário Vivo EnCena.

O ato foi realizado no Museu da República, em Brasília, ao final do qual foi lançada a pergunta:

"Por que continuamos fazendo e vendo teatro?"

Leia mais respostas:

"Acho que continuamos fazendo/vendo teatro pela necessidade do ser humano em refletir sobre o mundo existente, criar outras possibilidades de mundo e investir no seu potencial criativo. Penso que quem faz teatro, o faz porque tem que canalizar de alguma forma a energia que está armazenada dentro dessa pessoa, uma energia que não foi 'gastada' em nenhuma outra atividade, seja porque tenha 'sobrado' um quantum de energia ou pelo fato de haver aquela inquietação que nada supre. Talvez a prática artística seja o que vai fazer calar aquela inquietação e/ou aumentar cada vez mais nossa capacidade de se inquietar e produzir. A inquietação não deve ser necessariamente calada. Acredito que a artista pode querer calar sua consciência, subconsciente, coração ou seja lá o que for ou pode querer expandir essa sua inquietação para as outras pessoas. Dependendo do grau de satisfação e de esgotamento do tema inquietante, pode-se trabalhar com ele mais vezes - fazendo falar e se expandir, ao invés de calar.

Anna Cristina Prado

"Faço teatro para viver mais vidas dentro da minha unica vida. Para nos libertarmos de amarras interiores, conscientes e inconscientes no teatro entramos em contato com o nosso verdadeiro eu, tu e vós".

Carol Esteves

"Porque é um espaço para refletirmos nossa condição humana e convívio em sociedade, além de ser um prazer imensurável!"

Silvia Paes

"Para fugir da realidade vizinha ou abraça-la intensamente".

Pedro Ribeiro

"Porque, quando criança, se contraí o germe do teatro, e não tem cura. Na verdade, porque acredito no Teatro com "T" maiúsculo, aquele que se remete as fontes naturais, arte verdadeira, aos Deuses que simbolizam as forças atuantes no tempo e no espaço, aquelas mesmas que expandem a consciência do homem frente a si mesmo e ao seu mundo. O teatro é arte dionisíaca (e porque não, também apolínea), afrodisíaca, poética, visceral, eterna porque una com o processo de auto-reflexo de nossa humanidade, com o seu pior, com o seu melhor. E salve o Brômio!

André Garcia

"Continuamos vendo e fazendo teatro porque queremos sentir, nos emocionar. E, assim, ter a certeza de que estamos VIVOS!"

Mariana Menezes

terça-feira, 5 de abril de 2011

POR QUE CONTINUAMOS FAZENDO E VENDO TEATRO?


No Dia Mundial do Teatro, que se comemora no dia 27 de março, a Faculdade de Artes Dulcina de Moares fez um ato de encerramento do Seminário Vivo EnCena.

O ato foi realizado no Museu da República, em Brasília, ao final do qual foi lançada a pergunta: 

"Por que continuamos fazendo e vendo teatro?"

Coletadas por e-mail, as respostas tem como objetivo chamar a atenção para a importância das redes de colaboração no fortalecimento do teatro no País.

E, principalmente, sobre a necessidade da criação de políticas públicas de cultura que assegurem acesso e fomento ao teatro brasileiro.

O Dia Mundial do Teatro é comemorado desde 1961, quando da inauguração do Teatro das Nações, em Paris.

Leia a seguir respostas de pessoas que - de alguma forma ou outra - vivem da arte de representar. No post abaixo, veja fotos do ato apresentado pela Faculdade Dulcina no Vivo EnCena.

Mais respostas para essa pergunta serão postadas, a qualquer momento, aqui no Blog da Dulcina.

POR QUE CONTINUAMOS FAZENDO E VENDO TEATRO?

"Eu faço teatro por ser uma forma de encontrar com as pessoas e compartilhar experiências. Continuo vendo teatro na tentativa de me encontrar nas pessoas, em suas experiências"

José Regino

"Porque o teatro engrandece a alma, revela caminhos, supera obstáculos, transforma, aceita, cria, inventa, nos torna iguais"

Rosanalha Martins

"Porque representar faz parte do viver"

Duda Costa

"Porque é assim que eu posso brincar de casinha depois de velha. Um eterno brincar de casinha nessa casa chamada mundo!" 

Helen Dieb

"Eu acredito no teatro. E no seu potencial de transformar as pessoas a partir da observação sistemática do outro. Vivenciar corporalmente o olhar do outro e assim refletir sobre nossas próprias práticas cotidianas. Eu cresci assim. Me tornando alguém que eu queria ser no teatro, dada a impossibilidade de assim ser no mundo real. Mas no momento em que representava, eu era e pensava como o personagem e essa prática me possibilitava pensar com um outro pensar, sem as rédeas e travas do que, historicamente, eu havia aprendido. Assim, naquele momento, eu estava, sobretudo, aprendendo com a representação de um outro. No processo ensino-aprendizagem isso é fundamental. Eu, enquanto arte-educadora, percebo nas crianças e adolescentes essa natural dificuldade de serem eles mesmos e se expressarem. Crescer não é fácil, amadurecer não é fácil, interagir e integrar o mundo com suas exigências na atualidade não é fácil. Através do teatro, do ato de representar o outro, as crianças e adolescentes acalmam essa também natural ansia de 'ter' o mundo para perceberem-se capazes de 'ser' no mundo. Pelo menos por alguns segundos enquanto param e se colocam no lugar do outro. Cada segundo dessa reflexão vem somar com as inúmeras experiências de vida dessa idade e contribuem para formar seres com a melhor das qualidades: humanos!"

Luciana Gresta

"Porque teatro é arte e arte transforma o mundo. Precisamos fazer nossa parte. Ofertar arte aos lugares mais inacessíveis, consumir com senso crítico e promover nossa parte na transformação"

Felipe Moura

"Fazemos teatro para nos manter vivos e criativos. Embora os profetas de plantão sempre antevejam o fim do teatro, ele permanece sendo a arte da aproximação. No teatro, se pode ver as gotas de suor do ator, às vezes é possível até sentir seu cheiro. O teatro não é asséptico, distante. Um banho de sangue no cinema é visto entre mastigadas de pipoca. Num teatro, o estômago revira, o coração acelera, a respiração se entrecorta. Teatro é efêmero, é experiência única e irrepetível. É o ato da comunhão. Viva o teatro!"

Carmen Moretzsohnn

"Para voar é preciso bater as asas!"

Iury Pereira

DULCINA NO VIVOENCENA*


*Crédito das fotos: Miguel Mello

sábado, 2 de abril de 2011

DULCINA ENTREVISTA: CHICO DIAZ

Adaptado da obra homônima do escritor mineiro Campos de Carvalho, o espetáculo A Lua Vem da Ásia  é um passo novo (e certeiro) na carreira do ator Francisco Díaz Rocha, mais como conhecido como Chico Diaz.

Estrelado por Diaz,  o monólogo é o primeiro encenado pelo ator. Também é a primeira vez que o romance de Campos, publicado em 1956, ganha os palcos.

Na literatura, o romance A Lua Vem da Ásia marca o nascimento da narrativa surrealista de Campos de Carvalho.  

Loucura é o tema  - humano por excelência - do espetáculo, que leva a direção de Moacir Chaves.

Na capital federal, A Lua vem da Ásia encerrou sua temporada neste domingo, aclamado pelo público do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília. 

Na peça, o protagonista, Astrogildo ("homem incomum em busca da compreensão e justificativa da vida e da morte") narra, por meio de um diário, a ironia e a lógica com a qual desafia o mundo.

Astrogildo inicia seu relato confessando que, aos 16 anos, matou seu professor de lógica e foi viver sob uma ponte do Sena… embora a personagem nunca tenha estado em Paris.

Nessa entrevista, concedida especialmente para a estreia do Blog da Dulcina, além de "loucura",  Chico Diaz  falou sobre Campos de Carvalho, o desafio de montar seu primeiro monólogo e, de quebra, deixou valiosas dicas para quem está começando na carreira de ator.

A "loucura" perpassa o espetáculo A Lua Vem da Ásia. O tema é atual e universal.  Desde sempre existe na história da arte e da humanidade. Hoje, basta ligar a TV para se dar conta que o tema é mais comum do que a gente pensa. A peça faz essa ponte com a contemporaneidade?

Chico Diaz - Sem dúvida alguma. A realidade anda tão absurda que beira o surreal, e nossa lucidez é mesmo questionável. Na verdade, Campos de Cavalho, assim como a peça, levam-nos a refletir sobre os tênues limites existentes entre loucura e lucidez, liberdade e prisão, consciência e inconsciência, os colocando aptos a refletir. Refletir, ao meu ver, é uma das funcões primordiais do teatro.

É o seu primeiro monólogo. Nos fale a respeito desse desafio em sua trajetória.

Chico Diaz - Na verdade, nunca ambicionei ficar somente no palco, assim como em qualquer outro lugar que seja. Mas o tema central da peça é esse: nossa solidão e, também, nossa condicão no mundo. Daí não  haver, na minha opinião, melhor abordagem que o monólogo. Além de que toda a busca passa a ser interna, mesmo sabendo das dúvidas quanto ao que está por dentro ou por fora, mundo interior e exterior. O grande desafio é a opcão da liberdade na escolha do texto, na adaptacão dele, de levantar o projeto e falar das coisas que se quer falar, do que se acha importante levar à cena - seja no teatro ou em qualquer outro veículo. Isso sim é o desafio! Definir a musculatura, não só corporal, mas vocal e espiritual para cumprir a "partitura" escrita por Campos de Carvalho, que não é fácil.

A Lua Vem da Ásia é um monólogo adaptado da obra de Campos de Carvalho. Na sua opinião, quais são os grandes predicados deste autor e como se deu a escolha do texto?

Chico Diaz - O grande barato do Campos de Carvalho é sua total atencão à necessidade de uma lberdade irrestrita para o ser humano. É aí que ele, vendo e reparando na arapuca em que nos metemos nessa experiência terrena, o autor critica nossa sociedade mordazmente, acidamente. Mas sem nunca perder o humor e a humanidade. A escolha se deu quando o Aderbal Freire (diretor teatral)  me apresentou a ele quando montava O Púcaro Búlgaro. Quando li A Lua... eu quis fazer minhas as palavras de Carvalho.

Fale sobre a direção de Moacir Chaves.

Chico Diaz - Justa e ponderada. Eu já vinha, há meses, num solitário processo de ensaios e, nos últimos cinco meses, Chaves entrou muito atento e respeitoso. Com  seu grande conhecimento cênico e o valor que dá à palavra,  fomos lapidando o oceano imenso oferecido por Campos. A equipe de criação também colaborou de forma definitiva para o sucesso do espetáculo, assim como, não pode-se esquecer, as projecões do Eder Santos, o cenário do Frenando Mello, a luz do Renato Machado e os figurinos da Maria Diaz.

Como foi a acolhida do espetáculo no Rio de Janeiro? Soubemos que foi um sucesso. E a receptividade em Brasília?

Chico Diaz - Confesso que, tanto no Rio como em Brasília, nunca em minha vida havia vivido tamanha recepcão. Calorosa e emocionada. Casas cheias e muito entusiasmadas. Conseguimos, definitivamente, tocar em algo profundo no coracão das pessoas, algo que elas escondem lá no fundo da "caverna".

Qual a dica importante que você deixa para os jovens atores que estão agora começando na "aventura" das artes cênicas?

Chico Diaz - Muito amor pelo próximo, muita observacão do espírito humano e, claro, muito estudo. É um ofício que exige demais e que se torna cada vez mais difícil a cada desafio. Também acrescentaria: perseverança, informacão e leitura. Muita leitura.

Hoje em dia, quais são as grandes dificuldades de se fazer teatro no Brasil? 

Chico Diaz -  A direcão que  a atividade tomou. É uma grande confusão essa estória de gente famosa e celebridades dando uma de "ator". Fica difícil de saber aonde está operando o verdadeiro artista, entre tantos falsos holofotes, que, geralmente, cegam o verdadeiro "fazer teatral". E ainda  tem a luz que cega, aquela da vaidade e do proveito próprio, quando a verdadeira luz, a que verdadeiramente alimenta, é a que conscientiza e nos leva a reflexão.

E na TV: qual papel te deu maior prazer de fazer?

Chico Diaz - Todos. Cada um em seu tempo.

E no cinema, qual foi?

Chico Diaz - Foram vários. Lembro do primeiro, rodado aqui na cidade, O Sonho Não Acabou, que retratava a juventude de Brasília. Também recordo, com muita emoção, de contracenar com  Mastroianni (Marcello, ator) em Gabriela e de viver Corisco no filme do Rosemberg em pleno sertão cearense.

Você conhece o trabalho da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes?

Chico Diaz - Uma época até tentei dar algumas aulas por aqui, em Brasília, pois o meu filho para cá se mudara. Para mim seria um prazer, quem sabe, participar mais das atividades da faculdade.